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Orgulhoso pela carreira, Arthur Zanetti se aposenta da ginástica: "Meu sentimento é de alegria"

Dono de duas medalhas olímpicas, ex-ginasta diz que gostaria de seguir competindo, mas lesões frequentes pesaram na decisão

Por Comitê Olímpico do Brasil

13 de jan, 2025 às 16:00 | 3 minutos de leitura

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Arthur Zanetti durante os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Foto: Wander Roberto/COB

Arthur Zanetti durante os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Foto: Wander Roberto/COB

Foram 27 anos dedicados à ginástica artística e inúmeras medalhas conquistadas, entre elas um ouro e uma prata em Jogos Olímpicos. Agora, chegou a hora de Arthur Zanetti descansar. Aos 34 anos, um dos maiores ginastas da história decidiu se aposentar.

Zanetti deixa as competições como o nome marcado entre os grandes ídolos do esporte brasileiro. As inesquecíveis apresentações nas argolas renderam o ouro em Londres 2012 e uma prata na Rio 2016, além de um ouro e três pratas em Mundiais. Mas também muitas dores e lesões. E foi esse o motivo principal para a aposentadoria.

"A decisão que eu tomei não foi fácil. Eu me enganei bastante, estava mentindo para mim, porque eu queria continuar. Mas a decisão foi o meu corpo e a minha mente. Minha mente queria, mas meu corpo já não estava respondendo. As lesões estavam sendo muito mais frequentes", explicou.

"Fiz cirurgias nos últimos dois anos, lesões sérias. Estava começando a destruir mais o meu corpo. Eu pensei que realmente chegou o momento. Cumpri com o que eu tinha que fazer com a ginástica. Ainda quero fazer muito mais, mas ainda quero ter a minha velhice um pouco mais saudável. Por isso decidi que era hora de encerrar", disse ele.

Apesar da vontade de continuar ser superada pelas dores, Arthur Zanetti encara a aposentadoria de maneira positiva.

"É muito recente, por enquanto está tranquilo. Mas meu sentimento é de alegria. Eu cumpri com o meu papel, com meu esporte, pro meu país. Me sinto orgulhoso. Estou vendo a proporção agora. Muita gente repostando, parabenizando por tudo que fiz pelo Brasil. Estou muito orgulhoso do meu trabalho", contou.

Zanetti com a medalha de ouro em Londres 2012. Foto: Valterci Santos/AGIF/COB
Zanetti com a medalha de ouro em Londres 2012. Foto: Valterci Santos/AGIF/COB


O trabalho, de fato, rendeu inúmeras alegrias aos torcedores brasileiros e fãs de ginástica. E Zanetti conta quais momentos gostaria de viver de novo se pudesse voltar no tempo.

"Eu tive muitos momentos bons dentro da ginástica. Mas vou citar três que não podem faltar: o Mundial de 2011, em Tóquio, que me classificou para os Jogos Olímpicos, que foi até meio inesperado; a medalha de ouro em Londres 2012, que foi o que mudou tudo, mudou minha vida; e a Rio 2016, por ter conseguido competir em casa, com uma equipe completa, consegui o resultado para o meu país. São três momentos que eu viveria novamente, foram momentos incríveis na minha vida", completou.

Mesmo com a aposentadoria, Arthur Zanetti não vai se afastar de ginástica e pretende seguir atuando em outras funções. No Campeonato Brasileiro, em João Pessoa, em setembro, ele foi um dos árbitros da competição. O ex-ginasta também fez participações como comentarista. Entretanto, seguir como treinador é um dos principais objetivos do campeão olímpico. 
 

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