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Seleção de breaking inicia preparação para Paris 2024 no Centro de Treinamento do COB

Doze atletas da nova modalidade olímpica usufruíram da estrutura de ponta do local, com direito a treinamento com a campeã Rebeca Andrade

Por Comitê Olímpico do Brasil

16 de mar, 2022 às 12:11 | 6 min de leitura

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Uma batida diferente invadiu o Centro de Treinamento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), no Rio de Janeiro, nos últimos nove dias com a presença da Seleção Brasileira de breaking. Com treinamentos, avaliações, palestras e, claro, muita dança, os 12 bboys e bgirls convocados pelo Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD) puderam usufruir de todos os serviços de ponta oferecidos pelo COB para dar o pontapé inicial na preparação rumo a Paris 2024. Foi verdadeira imersão pelo mundo olímpico, que culminou em um encontro especial com a equipe feminina de ginástica artística feminina e a campeã olímpica Rebeca Andrade.  

Nos primeiros dias, os atletas da equipe nacional de breaking foram submetidos a uma bateria de avaliações médicas, funcionais e exames com os profissionais das áreas multidisciplinares do Laboratório Olímpico do COB. Todos ficaram muito bem impressionados com a estrutura, os serviços e o cuidado oferecido. “É tudo muito novo para a gente, mas foi uma experiência muito produtiva. Ficamos muito impressionados com a estrutura e o suporte do COB. Acredito que isso vá nos ajudar a chegar muito longe e preparados para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que é o nosso foco”, afirmou a bgirl Nathana Venâncio, de 30 anos. 

Esta foi a primeira vez que uma equipe brasileira de breaking se reuniu para um período de treinamento. Por se tratar de uma modalidade individual, a oportunidade foi aproveitada ao máximo por todos os atletas. “Esse é um momento histórico para nossa modalidade. Já imaginava que o CT teria uma estrutura de alto nível e precisávamos disso para evoluir. Tivemos contato aqui com diversas novidades que serão super benéficas para a nossa dança”, elogiou o bboy paulista Luan San, que no último Campeonato Mundial ficou na quarta colocação, trazendo boas perspectivas para os próximos anos. Ele acredita que a entrada do breaking nos Jogos Olímpicos “vai incentivar muito a juventude, trazer oportunidades, salvar vidas”. 

Encontro entre o breaking e a seleção de ginástica artística feminina no CT do COB. Foto: Divulgação COB
Encontro entre o breaking e a seleção de ginástica artística feminina no CT do COB. Foto: Divulgação COB

Além da bateria de avaliações, o hip hop ecoou por todos os cantos do CT com diversas simulações de batalhas, treinos técnicos e físicos, além de troca de conhecimentos com o mundo olímpica. A área de Educação e Prevenção do Doping do COB aproveitou a presença da nova modalidade olímpica para realizar uma atividade educativa com os atletas e comissão técnica para disseminar informações e orienta-los em relação ao assunto. 

No final do período no CT do COB, a equipe de breaking ganhou um incentivo a mais ao vivenciar uma oportunidade única de assistir aos treinos das 20 melhores ginastas do país e ensinar alguns passos para as atletas, entre elas a campeã olímpica Rebeca Andrade, a finalista olímpica Flávia Saraiva e a medalhista mundial Jade Barbosa. “Para mim foi tudo muito incrível. Foi uma semana de aprendizado, uma experiência maravilhosa trocar ideias com atletas que só víamos pela TV. Eu acompanho as meninas da ginástica e poder assistir suas rotinas de treinos foi demais. Uso muito da ginástica para agregar a minha dança e vou levar tudo isso que vi aqui para o meu treino. Foi uma experiência grandiosa, um sonho”, vibrou a cearense Karolzinha, de 25 anos, que começou na dança aos 14.   

Faltando pouco mais de dois anos para os Jogos Olímpicos, o período no CT do COB deu uma um incentivo para a modalidade chegar com tudo em Paris 2024. A avaliação final foi extremamente positiva. “A estrutura que o COB nos ofereceu em seu centro de treinamento é maravilhosa. Foi a primeira vez que tivemos contato com equipamentos e profissionais de extrema qualidade em uma amplitude inédita para a modalidade. Tivemos a chance de realizar avaliações que nos fornecerão dados sobre nossos atletas para melhorar os seus rendimentos. Estamos tendo nesse período inicial de entrada no mundo olímpico a oportunidade de ter uma preparação muito bem feita, que impulsionará o Brasil para o que a gente quer fazer em 2024 nos Jogos Olímpicos. A abertura que o COB deu para a gente nos proporcionou começar o planejamento ainda além do que imaginávamos”, afirmou o diretor-técnico de breaking do CNDD, José Bispo de Assis, mais conhecido como Bispo SB.

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