Bia Ferreira participa do Memória Olímpica do COB e diz que quer o ouro em Paris 2024
A vice-campeã olímpica do boxe deu depoimento sobre sua carreira e doou o uniforme da final de Tóquio 2020 para o projeto
O Brasil teve nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 a sua melhor participação na história do evento. Dentre vários marcos, batemos recordes de medalhas e melhoramos o desempenho em diversas modalidades. Com a prata nos 60kg, Beatriz Ferreira alcançou o melhor resultado de uma boxeadora brasileira em uma edição olímpica. Nesta segunda-feira, dia 4, na sede do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a atleta deu depoimento sobre sua carreira ao Memória Olímpica e doou o uniforme da final no Japão para o acervo da entidade.
No depoimento, colhido pela área de Cultura e Valores Olímpicos e Comunicação, a prata no mundial de 2022 relembrou o início no esporte com o pai treinador de boxe até a preparação para o Campeonato Brasileiro da modalidade, disputado de 4 a 10 de julho no Velódromo do Rio de Janeiro.
“Comecei muito pequena, acho que com uns 4 anos. Eu sempre queria ir treinar na academia do meu pai, que era na garagem de casa. Eu queria bater no saco de areia e não conseguia. Insisti tanto que meu pai adaptou: cortou uma garrafa d’água, embalou e me deu para treinar. Fiquei muito feliz”, disse Bia durante a entrevista.
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A atleta é a segunda medalhista olímpica do boxe do Brasil no feminino. O bronze em Londres 2012 de Adriana Araujo foi a primeira medalha, logo na estreia da categoria no programa olímpico.
Em um segundo momento da visita de Bia Ferreira à entidade, ela doou a blusa e o calção do uniforme da final olímpica do ano passado para o acervo do COB. Lançado em cerimônia especial durante o Congresso Olímpico Brasileiro, em março deste ano, o Memória Olímpica já conta com itens pessoais doados por lendas do esporte nacional como Servílio de Oliveira (boxe), Fofão (vôlei), Hortência (basquete) e Ricardo Prado (natação). O projeto é uma iniciativa da Diretoria de Comunicação do COB e tem o objetivo de fortalecer a imagem do movimento olímpico nacional e ampliar a história dos nossos esportistas.
“A Beatriz é uma simpatia. Tive o privilégio de assistir à luta dela em Tóquio 2020. Medalhista olímpica, campeã mundial em 2019 e parte importante da nossa história olímpica recente. Bia nos traz muito orgulho”, afirmou o presidente Paulo Wanderley, que na oportunidade entregou à boxeadora o troféu de medalhista do Prêmio Brasil Olímpico de 2021.
“Eu quero mudar a cor da minha medalha olímpica em Paris 2024. E quero a mãe de todas: o ouro! Estou conseguindo ter bons resultados. Eu treino 110% e quero sempre estar nas finais de toda competição que participo. E está dando certo! Fico feliz de saber que algumas meninas me tem como referência. Estou vendo mais mulheres no boxe, o número de meninas nas competições está aumentando e os resultados estão vindo. O boxe feminino está conseguindo conquistar seu espaço. Mas sei que muitas ainda sofrem preconceito, pois ainda ouvem que boxe é coisa de menino. E não é! Boxe é um esporte para todos”, contou a soteropolitana que está fazendo história.
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