50 anos do salto para a eternidade
Em 15 de outubro de 1975, João Carlos de Oliveira se mostrou para o mundo ao virar recordista mundial do salto triplo. Ali nasceu João do Pulo.

Probst/ullstein bild via Getty Images
Há 50 anos, João Carlos de Oliveira saltou para a eternidade. Os 17,89m atingidos em seu salto triplo durante os Jogos Pan-Americanos da Cidade do México 1975 escreveram seu nome na galeria dos heróis do esporte brasileiro. Naquele 15 de outubro na capital mexicana, até seu nome mudou: ele virou, de vez, João do Pulo.
O feito de João do Pulo não foi apenas um novo recorde. Ele bateu a marca anterior em impressionantes 45 centímetros. Se é difícil de imaginar algo assim em 2025, 50 anos atrás foi inédito. Técnica, potência, concentração. Aos 21 anos de idade, João do Pulo reuniu todas as qualidades de um grande atleta naquele momento. E chegou a uma marca que levou 10 anos para ser batida e marcou o início de uma carreira vitoriosa – ele ainda conquistou duas medalhas de bronze olímpicas em Montreal 1976 e Moscou 1980. 
Para efeito de comparação, o atual recorde brasileiro do salto triplo pertence a Jadel Gregório, que em 2007 alcançou a marca de 17,90m – apenas 1 centímetro a mais do que conseguiu João do Pulo há 50 anos. 
Um acidente em 1981 resultou na amputação de sua perna direita. A tragédia encerrou a carreira competitiva, mas a lenda seguiu. Em 1986 ele mudou seu nome oficialmente para João do Pulo Carlos de Oliveira. 
João do Pulo morreu em 29 de maio de 1999, um dia após completar 45 anos. Mas vive para sempre, já que seu nome consta do Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.











