Miguel Hidalgo leva o Brasil ao pódio do Mundial de Triatlo pela primeira vez e declara "melhor corrida da minha vida"

O Triatlo foi reconhecido como uma modalidade olímpica em 2000 e foi nesse mesmo ano que nasceu o atleta que levaria a bandeira do Brasil para o pódio em uma competição mundial pela primeira vez. Aos 25 anos, Miguel Hidalgo fez história ao se tornar vice-campeão mundial da modalidade no domingo, 19.
 

"Esse foi um resultado muito importante para mim e para o Brasil. Foi histórico, o melhor resultado do triatlon desde que virou um esporte olímpico em 2000, o ano que eu nasci", afirma Hidalgo. 
 

Em uma prova de recuperação, o atleta buscou o quarto lugar na última etapa da Série Mundial, realizada em Wollongong, na Austrália, resultado que garantiu o segundo lugar na classificação geral.
 

"Eu tive uma natação bem abaixo do meu habitual, um ciclismo que eu não estava me sentindo muito bem no segundo grupo, que para mim não é uma coisa habitual também", avaliou o triatleta.
 

Para Hidalgo, manter a confiança em si mesmo foi fundamental para realizar uma boa prova. "Eu sabia que eu estava muito bem na corrida. Então, não deixei de confiar em nenhum momento, mas tive que ter muito sangue frio", conta.
 

Mesmo com dificuldades na natação e no ciclismo, Hidalgo conseguiu fazer uma incrível recuperação na corrida. Ele lutou até o fim, conseguindo ultrapassar o português Vasco Vilaça, terceiro na classificação geral, na última volta da corrida.
 

"Eu fiz uma corrida muito boa, a melhor corrida da minha vida, talvez, e consegui trazer o vice-campeonato para mim e para o Brasil", afirma Hidalgo que finalizou a prova com 01h 43min e 41 segundos.
 

Para a etapa da Austrália, Hidalgo estava em segundo na classificação geral. Para ser campeão, ele precisava vencer a etapa e torcer para que o australiano Matthew Hauser não ficasse entre os três primeiros. No entanto, Hauser foi dominante desde o início da prova.
 

"Como sempre, eu me planejei muito bem para essa prova, mas nem tudo sai como planejado na hora de executar", disse.
 

"Em vários momentos eu estava virtualmente em sexto, sétimo no campeonato, e para quem tinha o objetivo de ser campeão mundial, que um dia vai acontecer, e terminar no pódio, se eu deixasse me abalar ou alguma coisa do tipo nesse momento, não era a atitude que eu esperaria de mim mesmo", conclui.
 

Miguel Hidalgo está em uma crescente no esporte desde o Circuito Mundial em maio deste ano, quando foi bronze na etapa do Japão. Logo em seguida, ele foi o primeiro brasileiro na história a conquistar o título de uma etapa, competição que aconteceu na Itália. Dali em diante, Miguel foi quarto colocado em Hamburgo, terceiro na França, segundo na Tchéquia e, finalmente, quarto colocado na Austrália.
 

O próximo desafio de Miguel Hidalgo é a etapa da Copa do Mundo em casa, em Florianópolis (SC), entre os dias 15 e 16 de novembro.